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terça-feira, 1 de abril de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
da síndrome de "hello, benjamim..."
Nele um jovem recém-formado (benjamim braddock - dustin hoffman), se vê as voltas com todas as incertezas de alguém que não sabe que passos dar pra seguir a sua vida sem se escravizar pelo modelo que os pais impõe a ele. Para completar, a esposa de um amigo de seu pai, mrs. robinson, tenta seduzi-lo.
É uma comédia romântica que fala muito sobre juventude e conseqüências de ações. Um boa pergunta que define o filme é: "até quando é tarde demais para seus sonhos?"
Devo agradecer o filme ao prazer e gosto que minha irmã tem pelos clássicos (easy rider, clockwork orange e etc).
A trilha sonora de simon e garfunkel marcou tanto em 67 quanto na tarde de ante-ontem em 2008. Sounds of silence.
Falei sobre um pergunta que definiria o filme, mas existem outras. Somos escravos de nossos erros e escolhas? Não há redenção? Só nos resta desistir?
Sempre pensei na vida como cheia de momentos decisivos, que representam uma ida sem volta. Faculdade, emprego, casamento. Sempre acreditei que esses momentos são como cadeias, prisões que iriam dizer como deveríamos viver nossas vidas pelo resto dos dias que nossas vidas tivessem. Em 2004 mudei.
Somos tão escravos desses momentos quanto desejamos ser. Ainda tenho medo em relação a alguns deles, tenho inseguranças quanto ao meu futuro (principalmente no aspecto profissional). Mas (acho que) entendi que esses momentos são decididos a cada dia. Você se casa a cada dia com a mesma mulher por toda a sua vida, você escolhe todo o dia o seu trabalho e aquilo que vai te fazer feliz e não meramente te sustentar, você decide a cada dia que tipo de faculdade vai querer fazer ou que tipo de pessoa a faculdade vai fazer de você.
A teoria - acreditem eu sei - é linda, a prática é diferente... será? Cabe somente a você decidir que não é tarde demais pra você. Isso representa que você cresceu (não que esse seja inteiramente o meu caso): A capacidade de ser responsável pelas suas decisões, todos os dias. Parece auto-ajuda? Eu sei que sim. Mas acreditem isso é apenas um pedido. "Assuma as conseqüências das suas decisões!", todos precisamos levar uma dessas de vez e quando, ajuda a ficar fortinho.
ps.: Depois de quatro cursos diferentes (nenhum concluído) quem sabe em breve eu saio de vez da faculdade! Só espero que saia formado e não jubilado.
pss.: SE eu voltar a ter aulas...
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
da síndrome das "doces palavras"
Os anos foram passando, e essas tão queridas amigas passaram também. No frenesi do dia-a-dia, troquei as palavras doces dos livros e dos versos, pela dura e árdua burocracia da Universidade. Era conhecida por “ter uma mentalidade mais madura do que as pessoas da minha idade”, e o tempo de separação das doces palavras fez com que isso mais e mais se tornasse realidade.
Se o dom de gracejar nunca foi uma grande virtude em mim, quando abandonei minhas grandes amigas – as doces palavras – tornei-me séria a ponto de envelhecer, apesar da pouca idade. Os dias tornaram-se tão curtos para honrar todos os afazeres, que chegar perto de palavras “não-burocráticas” tornou-se impossível. Páginas e páginas de textos “científicos”, num palavreado monótono e boçal, passaram a preencher meus dias; e o brilho que outrora as doces palavras dos textos literários pintaram em meus olhos simplesmente desapareceu.
A facilidade para descrever cenas, sentimentos, desejos, anseios, opiniões, tudo isso sumiu e minha escrita enquadrou-se no velho modelo jurídico. Vai longe o tempo em que escrevia redações dignas de serem encaminhadas para concursos de literatura – aliás, vai longe o tempo em que escrevia redações. Vai longe o tempo em que minha maior preocupação era ir à biblioteca, porque acabara de ler os três livros que emprestara. Vai longe o tempo em que tinha disponibilidade para alimentar assim minh’alma.
Se de um lado ingressar numa Universidade é símbolo de esforço, dedicação, sucesso; de outro, é deixar de ser senhor do seu próprio tempo, senhor dos seus próprios passos, senhor das suas próprias vontades. Se de um lado é na Universidade que desenvolvemos nosso senso crítico, que amadurecemos e nos tornamos adultos; de outro, é nesse espaço que nossa alma enegrece e a criança que dava encanto ao nosso ser morre. Se de um lado é através da Universidade que temos possibilidade de conquistar nosso sustento; de outro, é através da Universidade que nos tornamos escravos de algo que nem mesmo nós conseguimos explicar.
Nascimento - Escola - Universidade - Cursos - Congressos - Viagens - Carreira - Casamento - Morte. Onde estão as doces palavras nesse ciclo?! Às vezes me pergunto quanto tempo mais suportarei essa escravidão. De que vale um diploma sem as doces palavras?
Que as doces palavras não morram em você, como um dia morreram em mim.
Calliope Moça-Flor
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