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terça-feira, 24 de junho de 2008

da síndrome "da acumulação sensorial"




"Se você fechar os olhos e o nariz e beber tudo de uma vez, você não vai sentir nada". Mentira, você vai sentir tudo!

Hoje começa minha páscoa, meu natal, meu aniversário, minhas férias... Cada data, acontecendo junta e cada segundo.

Tchau pessoal, até...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

da síndrome da "replicabilidade simbólica"








Eu já encontrei isso em vários blogs (vou indicar só um: "treta", vai lá) quase do mesmo jeito que vocês vão encontrar aqui. Mas aqui vai, afinal, como defensor dessa prática não posso me escusar de tomar partido.



Copyleft é uma forma de usar a legislação de proteção dos direitos autorais com o objetivo de retirar barreiras à utilização, difusão e modificação de uma obra criativa devido à aplicação clássica das normas de propriedade intelectual, sendo assim diferente do domínio público que não apresenta tais restrições. "Copyleft" é um trocadilho com o termo "copyright" que, traduzido literalmente, significa "direitos de copia". O texto em cinza

Pra mim é um pouco mais que isso, aprendemos que leis não podem ser ditas justas ou injustas para sempre livres das barreiras do tempo e da realidade. É justo limitar a todos pelo "suposto" direito de um? Respeito a autoria é diferente de abuso de autoria.

Richard Stallman popularizou o termo copyleft ao associá-lo em 1988 à licença GPL. De acordo com Stallman, o termo foi-lhe sugerido pelo artista e programador Don Hopkins, que incluiu a expressão "Copyleft - all rights reversed." numa carta que lhe enviou. A frase é um trocadilho com expressão "Copyright - all rights reserved." usada para afirmar os direitos de autor.

Umas das coisas que mais gosto na filosofia copyleft é essa força de se manifestar com inteligência, bom humor e firmeza, que são presentes em trabalhos e em cartas. Tem de ser em todos os meios, ou não vale a pena.

Um projeto (softwares ou outros trabalhos livres) sob a licença Copyleft requer que suas modificações, ou extensões do mesmo, sejam livres, passando adiante a liberdade de copiá-lo e modificá-lo novamente.

Pode parecer frase de sam raimi (homem aranha e os desastres subseqüentes), mas liberdade é indissociável do respeito.

Uma das razões mais fortes para os autores e criadores aplicarem copyleft aos seus trabalhos é porque desse modo esperam criar as condições mais favoráveis para que um alargado número de pessoas se sinta livre para contribuir com melhoramentos e alterações a essa obra, num processo continuado.

Ou seja, é porque eu não quero que você ligue na minha casa pra me perguntar se você pode me citar em qualquer coisa que você escreva. Mas não é só isso, como eu disse copyleft é também protesto. Nada contra o coldplay por exemplo, mas gerar um lucro que é superior a qualquer margem aceitável sob o pretexto de que não se faz pirataria é um absurdo. Falo disso por ter disponibilizado o que coloquei de download aqui.

Claro que você pode achar que eu sou um criminoso, seu direito, em respeito a ele eu vou delatar alguns dos meus cúmplices cúmplices: Samsung, sony, lg, google, é melhor eu parar por aqui, ou esse post vai ficar maior do que eu queria. Eu não seria nada sem eles.



Não vou propor soluções e fingir que descobri a roda. Mas simplificar e facilitar essa situação é possível, créditos do treta:






(*) Texto em cinza é da Wikipédia. Duvida? Olha aqui e aqui.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

da síndrome das "tolices"



Resolvi criar vergonha e aprimorar as atualizações. Pelo menos deixá-las mais freqüentes. Acho que demoro tanto por que acho que sempre tenho que escrever algo puro, soberbo e de uma simplicidade chocante e bela. Mas na boa, eu não creio que já tenha escrito assim aqui.

As vezes as coisas são só banais e tolas. É bem verdade que temos que escolher as palavras e em certos momentos o silêncio é um conselheiro muito melhor do que a tolice. Mas há muita sabedoria na tolice do mundo!

Hoje em uma discussão em que quase apanho, falando de geertz (hã?!) falamos sobre a percepção do que é certo no outro. Em geral quando ouvimos algo a primeira coisa que pensamos é na nossa acepção de certo e errado (como você agora enquadrando o que estou dizendo em categorias como "é pode ser" ou "ele tá doido"), até ai tudo bem, mas a grande pergunta é se temos que ficar só nesse limite. Em outras palavras: o outro tem uma espécie de razão que nunca consideramos, trazendo pr agora: há muita sabedoria na tolice, mas não nos preocupamos com ela porque ela não é a nossa sabedoria.

Então, Deus abençoe a metalingüagem, dá-lhe tolice: Do bobagento pro kibando (aliás indico ambos), text to speech, faz exatamente o que promete, fala, na língua escolhida, a frase digitada, achei muito útil, principalmente se você está estudando um idioma estrangeiro, além disso você pode deixar o vídeo carregado através de um link. Útil. Bobagem.



Ah, uma coisa, pra mim hoje não é dia dos namorados.


domingo, 1 de junho de 2008

da síndrome dos "replicantes"

Há um bom tempo que estou tentando arranjar tempo pra escrever. Sabe, dá aquela preguiça. Queria falar sobre blade runner que re-assitir na versão do diretor, uma em que o deckard (harisson ford) não fica naquela narração no fundo, não achei que ficou bom.

O termo pra definir a atmosfera é cyberpunk, sou muito fã dessa temática, e em blade runner o ridley scott sintoniza o clima em parte noir e em parte futurista, fica perfeito. Tanto foi minha re-fixação com a obra, tinha uns 16 anos quando conheci a temática, que fui baixar o livro do philip dick, vou lendo aos poucos, num passo muito menor que gostaria. Se você quiser ler junto comigo, vai aqui, agora sem senha pelo rapidshare.

Pra quem não conhece a história é só ir na wikipédia, na versão em inglês é mais completo, afinal hoje em dia quase toda a informação é teórica, você se torna um especialista em minutos, mas se você tiver com preguiça ou curioso, vou te contar a minha visão, essa você não acha na wiki.

Numa cidade escura e lúgubre em que a tecnologia floresce e o ser humano se dissolve numa multidão de conceitos - a própria definição do tal cyberpunk - um ex-policial, deckard, volta a ativa, ele fazia parte da divisão especial chamada blade runner que caçava e matava ou na linguagem oficial, afastava seres chamados replicantes, até ai nada demais. Mas os replicantes eram uma mão-de-obra orgânica utilizada por seres humanos nas colônias de fora da terra (sim, o planeta. Não, eu não coloco nomes próprios com maiúsculas), ou seja, eram humanos que faziam o que humanos não faziam.

Deckard é "persuadido" a voltar, para caçar alguns replicantes que conseguiram voltar a terra em busca da redenção de seu limite. Todos os replicantes não deveriam ter emoções, mas alguns as desenvolveram e isso acabou gerando problemas, por isso eles foram banidos do planeta e receberam uma limitação, uma vida de 4 anos. Os fugitivos buscavam superar essa limitação. O blade runner designado para cuidar do caso, ficou entre a vida e a morte quando se deparou com um deles, então você liga os pontos.

Todo o filme tem uma linha em que a história segue, a linha pra mim é essa. Sim, tem as implicações morais, bem como a transformação dos replicantes em animais e depois um questionamento que usa a forma e as ironias para nos fazer ver os choques no assunto, mas tudo isso não tem como ser falado, essa é a graça da obra! Vá e veja, aqui por exemplo.

E olha que engraçado, lá na wikipédia você lê sobre o filme, aqui mesmo você pega o livro, e você ainda pode baixar e assistir o filme no tela quente, e não que é que tudo é teórico mesmo? Bom, acho que só nossas opiniões não são teóricas nisso tudo. Lembrei do roy (vai lá assistir o filme pra saber quem é) que disse:

"Eu vi coisas em que as pessoas não iriam acreditar. Naves de batalha queimando no cinturão de orion. Eu vi raios C brilhando na escuridão, perto do portão de tannhauser. Todos esses momentos serão perdidos no tempo, como lágrimas na chuva".

Tudo que é pessoal e secreto, se dissolve nas águas do teórico e público ou "não chore na chuva", sei lá, pode ter sido isso.


domingo, 4 de maio de 2008

da síndrome da "montanha sagrada"


Existem muitas bandeiras que não me incomodo de carregar quase sozinho. Contudo, essa em específico quero e não quero carregar. Gostei muito de "a montanha sagrada" de jodorowsky (na foto).

Ontem as 21h30m estava esperando os momentos de excitação que antecediam a "sessão maldita". Apesar do vento frio de uma noite chuvosa, a movimentação de carros e pessoas me levarou a crer que talvez não fosse lá tão maldita a tal sessão, mas não era bem assim.

Ontem quando cheguei, ainda havia os resquícios do I jirau de literatura paraense, e além disso o humorista paulo silvino iria se apresentar no margarida schiwazzappa, portanto as roupas caras e perfumes finos que desfilavam pelos pátios eram explicados. Mas a medida que as horas iam fluindo e a marca mística das 21h30m se aproximava o público ia fazendo jus ao nome da sessão.

Pontualmente, sem anúncios, sem introdutórios, as 21h30m o som (altíssimo, quase ao ponto de atrapalhar o entendimento) inundou a sala. Não posso dizer que o filme como um todo foi perfeitamente compreendido, precisaria de mais o dobro de minha vida em experiência pra isso. Mas a falta da compreensão completa não prejudicou a mensagem(!).

Repleto de referencias cristãs e filosóficas de ótima qualidade, com uma contundente crítica social, foram os 114 minutos mais enigmáticos da minha vida.

Valeu a pena.

A forma como as metáforas foram construídas foram sublimes. Meu momento preferido foi a marcha de soldados pelas ruas da cidade levando como estandarte a carcaça de animais mortos. Ou mesmo as doze madalenas em lugar dos doze discípulos que nos levavam a questionar a forma e cara da igreja cristã oficial.

Mas de todos, destaco (mas não revelo) com especial carinho o que deu nascimento a síndrome da montanha sagrada. Pela história e mitologia, mesmo a cristã, elas são onipresentes. São montanhas que em seu cume possuem o conhecimento para se conquistar a morte, alcançar o topo é alcançar a própria imortalidade! Quer seja o sinai que fez de moisés imortal (judas verso 9) ou qualquer outra que o seja. A mais difícil de alcançar,e esse é o grande mistério, é a montanha que reside no topo de nossa mente, aqueles que lá alcançam, libertam-se do corpo e da imagem e vivem como idéias.

Cheguei em casa encharcado de imagens, algumas nunca vou conseguir enxugar, para mal e para bem. Sublime, voltei com dor de cabeça pra casa - literalmente - mas sublime.


quinta-feira, 1 de maio de 2008

da síndrome do "eterno retorno"


"E se um dia ou uma noite um demônio
se esgueirasse em tua mais solitária solidão
e te dissesse:


Na nossa língua, a maioria das significações da palavra "retorno" tem esse sentindo da volta, do fazer o que se estava fazendo, da retomada.

"Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste,
terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes:
e não haverá nela nada de novo,
cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro
e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida
há de te retornar,
e tudo na mesma ordem e sequência...


Nietzsche tinha uma historinha que contava que falava sobre um certo demônio que ofereceria a sua vítima o sempre repetir um certo momento, e vivenciar cada emoção (daquele dia ou segundo, depende da perversidade do tinhoso) mais uma vez ou para sempre. O teocida perguntava (retoricamente ou não) se havia alguém que lhe agradeceria por este castigo.

... A eterna ampulheta da existência
será sempre virada outra vez -
e tu com ela, poeirinha da poeira!"


Hoje resolvi "voltar". Se nietzche estiver certo é com razão que uso esse termo, pois tudo na vida é cíclico, nossas emoções, momentos, memórias, são repetições. E a grande pergunta é: amamos essa vida repetida? Abençoamos a este "ser" que nos concede a dádiva de viver uma reptição de momentos? Retornar a escrever é tão diferente de retornar a faculdade? De retornar a trabalhar? Ou de continuar qualquer outra atividade que me foi importante e desafiadora no passado? Merece que eu divulgue publicamente minha decisão como se fora um anúncio?

Não te lançarias ao chão
e rangerias os dentes
e amaldiçoarias o demônio
que te falasses assim?


Se me respondem não, pelo o que vale a pena viver? Se me respondem sim, qual é a grande diferença entre viver e não viver, pois tudo é sempre igual?

Ou viveste alguma vez
um instante descomunal, em que lhe responderías:
"Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!"


De certa forma concordo com o irmão de elizabeth, sim a vida é uma seqüência de repetições, sendo assim de fato não me afastei do que fazia (pois se a vida se repete, sempre fiz o que fazia). Mas por outro lado discordo dele.

Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti,
assim como tu és,
ele te transformaria e talvez te triturasse:


Um homem não pode banhar-se no mesmo rio duas vezes. O homem muda e o rio muda. Parece filosofia de caminhão, mas é um aforismo de heráclito de éfeso (rapaz gente fina com bom gosto pra companhias). O eterno retorno é um fato, mas também é uma utopia.

a pergunta diante de tudo e de cada coisa:

A cada segundo mudamos, aprendemos mais, vivenciamos mais e isso nos faz diferentes. O ser sempre busca identidade, o ser sempre busca o retornar a algo familiar, seguro identificável, mas apesar de tudo sempre retornar, nem nós, nem o que retorna é o mesmo.

"Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?"

Omnia mutantur nos et mutamur in illis (ou nihil interit).

gaia ciência


* Acordar pela madrugada pode ser mais prazeroso do que dormir até tarde

* O pedro tem cara de moleque até quando dorme

* Um vídeo bobo pode te fazer chorar, mesmo que você o tenha feito

* Nunca prestei atenção que o 1° de maio é dia do trabalho

* Sentimentos são mais eloqüentes que palavras, mas dizer com todas as palavras "eu te amo" envolve muitos sentimentos

* Existem muitos "1° de maio"

* Quem sabe eu ainda mostro um vídeo pra vocês explicando tudo