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quarta-feira, 18 de junho de 2008

da síndrome "da imagem e do silêncio" - 100 anos









Na data de hoje, há 100 anos atrás o kasato maru trouxe seus 781 primeiros passageiros, dez dias depois, foi a vez do ryojun maru com mais 906 passageiros. Uma das coisas que mais me esforço pra aprender com a cultura japonesa é a simplicidade. A melhor expressão, pra mim, é o hai kai.




Nota: foto de andréia alcantara e hai kai de teruko oda. Hai kai é um tipo de poema curto que trabalha com a sugestão.




Mais hai kai, mais sobre hai kai e sobre a data de hoje.





quarta-feira, 26 de março de 2008

da síndrome da "vida por inteiro"

Cinco dias se passaram em completa escuridão e frio. Noites, manhãs, tudo apenas é um conjunto de memórias borradas, as únicas certezas são o frio enregelante e o vento forte dos alpes franceses. A consciência podia oscilar entre o real e o imaginário, mas em ambos, a forte tempestade que aprisionou jamie andrew e seu amigo no topo das droites estava presente.

Essa é a história de jamie andrew que ele conta em seu livro "por inteiro" (life and limb). Uma história de superação. Claro que existem muitos exemplos de superação em livros, filmes e qualuqer outro meio possível, mas na história dele em específico o peso das cicatrizes emocionais e físicas que ele trouxe consigo da montanha, e a crueza com a qual ele nos permite dividir cada sensação, cada medo, cada sucesso e fracasso, faz com que a história seja nossa também.

Nunca aceitar a palavra impossível. Nos últimos meses tenho pensado muito sobre o medo que sinto de encarar meus próprios desafios. Meu medo é de duas palavras: futuro e estagnação. Eu as vejo como partes de uma balança.

Tenho medo do futuro, por que não sei o que fazer com ele! Não sei se vou conseguir trabalhar no que gosto, se de fato gosto do que acho, se vou conseguir vencer os meus desafios internos e pessoais e de muitas outras coisas. Tenho medo do futuro por que ele é etéreo demais para se apoiar nele.

Tenho medo da estagnação por que ela me ameaça do canto do olho. Cada vez que questiono o futuro sinto medo dela e da resposta fácil que ela representa, tenho medo de me acostumar a ela e me deixar vencer.

Sei que devo fugir da estagnação com prudência e enfrentar o futuro com responsabilidade. Mas tenho medo de falhar nisso.

Há uma seqüência no livro em que jamie tem dúvidas se ele está pronto pra enfrentar o mundo fora do hospital. Ele se questiona e se vê com muito medo do que o aguardaria lá fora. Basedo nesse medo ele decide: É hora de sair.

Não em envergonho de sentir medo. Creio que é natural (ao menos em mim o é), me envergonharei se um dia eu deixar o medo me controlar, se eu não encará-lo e tomar uma decisão tão parecida com a de jamie. Não posso ser prepotente e afirmar: "Eu consegui", mas posso dizer com segurança: "Não estou sozinho, não vou me entregar".

O dia de hoje, pelos vinte meses que representa e pela leitura final do livro me fizeram pensar no quanto as pessoas ao meu redor são importantes pra mim, no quanto eu posso fazer. Se eu sinto medo do futuro e medo de estagnar, só uma coisa há a fazer: Enfrentá-los com tudo o que eu tiver, e sei que minhas palavras não me trairão!




domingo, 24 de fevereiro de 2008

da síndrome de "ave atque vale"

Há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante, um jovem a cavaleiro jedi ao conversar com o seu irmão de lutas falou sobre escritos antigos de um grande mestre de segredos imorais (sim imorais e não imortais). Esse mestre chamava-se alan moore, e os escritos atendiam pelo nome de "v for vendetta". Àquele tempo contudo nada foi levado a sério.

Mas erros assim não persistem pra sempre. Esse cavaleiro jedi, que vos escreve, se tornou um sith (enfim o que se fazer né?), e li "v de vingança". Nossa, e como li! Durante meses lia as cinco revistas pelo menos uma vez por semana. Eu ouso dizer que "v" (ou codinome v que achei muito mais divertido) foi/é o meu vilão preferido (sim senhoras e senhores, não se deixem enganar pelo filme, v é um vilão, esse é o preço de escolher a vingança).

Agora, depois do filme, com certeza falar sobre o enredo seria tolice, todos vocês conhecem, ainda que o da hq seja diferente, bom se estiverem curiosos leiam. O fato foi que durante meses eu li v de vingança e sempre uma frase me chamava a atenção: "ave atque vale".

Por algum motivo algumas pessoas acham que eu entendo latim. Não entendo. Curso direito na faculdade, mas não entendo latim. Palavras isoladas montam significados aproximados e isso me ajuda a entender. Pronto, nada demais. Digo isso por que eu me perguntava o significado da frase. A personagem que a usava, logo após dizia outra que eu tinha certeza que era seu significado ("hail and farewell), mas quando digo significado, me refiro a essência, a referência de onde ela foi retirada. Naquele momento da história era muito importante, eu não podia deixar de entender.

Alguma pesquisa depois eu descobri que se tratava de um poema de um certo senhor romano chamado gaius valerius catullus, da velha escola (muito velha na realidade, se você considerar que o sr. catullus morreu em 54 a.C.). Falava sobre amizade imorredoura. Sobre distâncias e abismos que podem ser superados, mesmo que a razão diga o diferente.

Hoje recebi meus amigos em minha casa. Não tenho lá muitos amigos, mas são os melhores! Eu achei que entendia o significado do poema e o motivo de sua citação. Estava errado. Hoje sei que não entendo o poema e o motivo de sua citação, mas sei que o entendo melhor. Entendo melhor o que é amar a grandes distâncias e superar desafios incomensuráveis! Entendo melhor a força da amizade e a alegria que uma tarde pode ter com cartas e amigos ao redor de uma mesa ("cara não levanto dessa mesa por nada!"). O poema é triste (é fúnebre), mas não o que ele representa. E é pelo símbolo que me intriguei. Pelo símbolo me alegro, pelo símbolo é que o transcrevo.

Apesar de ser verdade sobre todos os tipos de amor, o poema falava sobre amizade. Uma amizade que nunca morre. E hoje sentado diante do computador lembro de cada amigo, os de perto e os de longe, lembro dos desafios e lembro da sensação de olhar ao redor de si e pensar: "esses daqui são irmãos pra toda a vida!"


Ave atque Vale*
(Olá e Adeus)

Por muitos países e através de muitos mares
Eu vim, irmão, para estes ritos tristes,
Para prestar esta última honra aos mortos,
e falar (com que propósito?) para suas cinzas silentes,
Agora o destino o tomou, até mesmo você, de mim.
Oh, irmão, arrancado de mim de forma tão cruel,
Agora pelo menos leve estas últimas oferendas, abençoadas
pelas tradições dos nossos pais, dádivas aos mortos.
Aceite, o que por costume, as lágrimas de um irmão representam,
e, pela eternidade, irmão "Ave atque Vale".

gaius valerius catullus





*É uma livre tradução para o português com base em uma tradução do inglês, pois como eu já disse, sou péssimo em latim.


sábado, 23 de fevereiro de 2008

da síndrome da "china malikiana"

Síndromes. Como dito um fato sem razões que o determinam ocorre e causa o aparecimento de efeitos e sintomas. Obviamente não podemos confundir com um simples mau-estar, ou mesmo com aquelas sensações que nos acostumamos a chamar de doenças da mente. Afinal a síndrome de down por exemplo não pode ser considerada uma doença da mente. Todas as síndromes tem algo em comum: o fato gerador. Esse fato é aleatório ou sem razão (ao menos sem razão conhecida, por que tudo o que existe tem um motivo e razão, mesmo o caos encerra uma certa ordem), é o que inicia as manifestações. Pode ser um cromossomo duplicado, um seqüestro ou um outro "x" no seu parzinho genético de gametas.

Contudo, se o fato gerador é o responsável pelos efeitos, então a mais grave (e sendo síndromes a mais abrangente) é aquela que possui o fato aleatório mais abrangente.

Portanto mesmo lamentando ser portador de más notícias, tenho de dizer: você é um infectado. O nome de sua seu mal é síndrome da china malikiana, e o seu fato gerador foi seu nascimento.

O seu nascimento faz de você parte da sociedade que o envolve, logo, você colabora, concorda e apóia o seu grupo social, desde a mais alta virtude até o pior preconceito. Não importa o que você faça todos os árabes são terroristas, todos os nordestinos mortos de fome, todo todo jovem negro é ladrão e tudo que fica acima de são paulo é o nordeste brasileiro (menos miami, claro).

Essa síndrome inclusive se lança sobre os meios mais "intelectualizados" da sociedade. Todo o americano é um imperialista de merda, todo latino-americano é coitadinho e toda política populista é um flerte com a ditadura.

Cura? A maior parte do afetados não crê que esteja doente. Apenas tem uma opinião diferente, ou se preocupa com a segurança ou mesmo (a minha preferida) reflete as estatísticas. Mas creio que o tratamento do doutor chaves (não o hugo) seja bastante bom. Em seu famoso brocado ele proclama: "Estatísticas? Não conheço essas senhoras".

Síndrome de china malikiana é apenas seu nome clínico. Possivelmente você conhece seu nome coloquial; preconceito, burrice, racismo, reacionarismo ou qualquer outra face que a síndrome demonstre. E todos nós sofremos dela. Eu sofro! Eu sou preconceituoso, burro, racista dentre outros predicados. Não com orgulho de o ser ou com a vontade de o ser, mas consciente de que eu tenho a síndrome da china malikiana. E você também tem! E salman rushidie também (quem cunhou o termo no seu livro "fúria").

Popper (também portador da síndrome) dizia que todos estamos em jaulas. Elas são feitas de nossos conhecimentos, de nossas experiências, de nossos dogmas científicos, religiosos, sociais enfim. E que somente o questionamento crítico da jaula nos faz vê-la e ultrapassá-la. Entretanto fazemos isso apenas para nos vermos em outra jaula. O questionamento é constante.

Bom tratamento.

"Síndrome da China malikiana. (...). eu sou o cara que foi mesmo pra esses lugares e trouxe as más notícias, mas isso não impede você de me censurar por causa disso, por causa da minha cidadania, que na sua cabeça pirada me faz responsáve pelo grande mal que continuam praticando em meu pobre nome".

Fúria. Salman rushidie. pg. 85





quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

da síndrome de "eros e psique"

Resistam, sigam o exemplo do príncipe e persistam. Leiam até o final e resgatem (se for este o caso...)



Eros e Psique


fernando pessoa.



Conta a lenda que dormia

Uma Princesa encantada

A quem só despertaria

Um Infante, que viria

De além do muro da estrada.


Ele tinha que, tentado,

Vencer o mal e o bem,

Antes que, já libertado,

Deixasse o caminho errado

Por o que à Princesa vem.


A Princesa Adormecida,

Se espera, dormindo espera,

Sonha em morte a sua vida,

E orna-lhe a fronte esquecida,

Verde, uma grinalda de hera.



Longe o Infante, esforçado,

Sem saber que intuito tem,

Rompe o caminho fadado,

Ele dela é ignorado,


Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino

Ela dormindo encantada,

Ele buscando-a sem tino

Pelo processo divino

Que faz existir a estrada.



E, se bem que seja obscuro

Tudo pela estrada fora,

E falso, ele vem seguro,

E vencendo estrada e muro,

Chega onde em sono ela mora,


E, inda tonto do que houvera,

À cabeça, em maresia,

Ergue a mão, e encontra hera,

E vê que ele mesmo era

A Princesa que dormia.





Sempre pensei nesse poema como sendo o simples: "O que você busca sempre esteve ao seu alcançe". Mas aprendi que também pode ser: "O que resgata, precisa ser resgatado". Pelo dia 26 de julho de 2006, eu prefiro ser resgatado!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

da síndrome das "pequenas letrinhas"


Um grande amigo me perguntou do motivo pelo qual eu uso letras minúsculas pra me referir a nomes próprios. Afinal essa é uma das regras mais elementares da nossa língua. Na realidade me perguntava se alguém iria perceber, quem o faria e quando.

E de certa forma isso me dá ensejo pra falar de algo que quero muito. Se por algum motivo alguém achar que a conexão entre assuntos que faço é ruim, não me desculpem. Vocês provavelmente estão certos, e eu dificilmente vou mudar isso.

Classificamos os nomes próprios como os nomes aos quais damos personalidade. Não são apenas nomes de pessoas no sentido estrito, mas são nomes que indicam personalidade. Um exemplo pra que meu ponto de vista fique mais claro. Na história de matrix, um rôbo foi o primeiro a assassinar um humano. Nas crônicas de animatrix ("segundo despertar"), esse rôbo é conhecido como b166er. Esse é seu nome e seu modelo. Portanto é sua denominação como objeto. Os modelos b166 eram modelos caseiros, era passível sua utilização sem a inicial maiúscula, seria uma metonímia da marca pelo produto. Todavia, quando o nosso b166 em questão, mata um humano, ele passa a ser o sr. b166 (com letra maiúscula).

No inglês o pronome "I" é escrito com letra maiúscula por regra. Ele é escrito dessa forma não apenas pra facilitar a diferenciação no texto, e sim porque este pronome agrega personalidade. O pronome I já foi definido como sendo "o sentido geral de tudo que é você e que faz parte de você, quer seja conhecido ou privado" (não lembro a fonte, mas acreditem, não foi eu). O fato de agregar personalidade é o fato que faz o I ser escrito com letra maiúscula.

Aqui, por mórbida decisão, não usarei dessa prática (letras maiúsculas em nomes próprios). Não porque não creia que a personalidade seja parte integrante do indivíduo. Mas porque creio que usar a letra maiúscula é uma prática que me desagrada.

Harbemas (aqui com letra maiúscula por iniciar a frase), foi quem disse: "o primeiro meio de controle é a linguagem". Afinal, a sanção social recai sobre aquele que não escreve de forma correta. Em parte por imposição, e em parte por positivação.

Sem um mínimo de coerência seria impossível compreender o que se escreve ou fala. Todavia, certas pesquisas mostram que se somente as letras inicias e finais estiverem na ordem certa, as outras podem estar embaralhadas, e nós edtneneomrs o que se quer dizer. Contudo, por nossa própria vontade haverá a imposição de sanções pessoais ao texto daquela pessoa.

Mas voltemos a letra maiúscula. A expressão da personalidade. Mas podemos dizer que o sinal lingüístico da letra maiúscula é o que determina essa personalidade? De certo que não. Não há necessidade da letra maiúscula pra entender que se fala de um ser humano com aspirações e sonhos. E isso nos força a ver os nomes como objetos (que é o que nosso costume lingüístico promove, substantivos com letra minúscula no início são substantivos comuns). E nos força a pensar o que pra nós são seres humanos. Essa pequena letra no inicio das palavras, tem o poder de determinar o que pensamos? Precisamos dela pra expressar esse sentido?

Construímos nossa sociedade de um jeito bem interessante. Os dominados são usados como seu alicerce. É com base na exploração deles que construímos o nosso bem estar, e nós, pela dominação a nós exercida, construímos o bem estar de alguém.

Mudar uma letra num blog vai adiantar de alguma coisa? Obviamente não!

Libertará alguém? O próprio escritor pelo menos menos? Tão pouco.

Isso é só um ponto de vista, um protesto tolo, contra essas pequenas letrinhas.

sábado, 5 de janeiro de 2008

da síndrome de "álvaro de campos"


De todos os poemas e leituras, as que mais me gravam na mente são as de álvaro de campos. Dentre todos os heterônimos de fernando pessoa, creio ser este com o que mais me identifico. Tem um poema específico, "saudação a walt whitman", que me impressionou bastante quando li. Àquele tempo eu estava lendo as primeiras linhas de fernando pessoa (que conheci mais profundamente pelas mãos da professora sandra helena), e tinha essa sensação inquietante dentro de mim. Era como se eu lesse aquilo que queria colocar em palavras, mas nunca haveria de conseguir com a mesma maestria, a pimeira vez que li "magnificat" foi como se tivesse levado um soco ao estômago! Os meus pensamentos eram ali retratados! Quer como criança, como jovem ou como homem, eu via a mim mesmo refletido naquele poema. E enquanto procurava uma forma de entender o que era aquilo, meus olhos bateram em "saudação".

"(...) Não sou indigno de ti, bem o sabes, Walt, Não sou indigno de ti, basta saudar-te para o não ser... Eu tão contíguo à inércia, tão facilmente cheio de tédio, Sou dos teus, tu bem sabes, e compreendo-te e amo-te, E embora te não conhecesse, nascido pelo ano em que morrias, Sei que me amaste também, que me conheceste, e estou contente. Sei que me conheceste, que me contemplaste e me explicaste, Sei que é isso que eu sou, quer em Brooklyn Ferry dez anos antes de eu nascer, (...)"

Como era possível?! Ali diante de mim, retratados com anos de antecedência, com uma imortalidade precisa, exatamente as palavras que eu buscava! E ele as dirigia a alguém mais! E não quaisquer palavras, mas palavras de uma exatidão maquinal, orgância, lógica, quase sobrenatural! Mas então fui conhecendo mais. E me apaixonei pela forma como fernando pessoa escreve, me apaixonei com o que ele fez com a lingua portuguesa. E de todas as paixões, a maior delas foi a maquinal e técnica paixão pelo que escrevia álvaro de campos!

Desde a forma, até o próprio cerne daquela poesia era viva! É viva! É uma poesia feita de certezas concretas de um mundo que é exato preciso, mas sem deixar de sonhar e de buscar o inexplicável! Álvaro de campos busca esse sonho. Não o impossível e irrealizável, mas o plausível, o concreto, o próximo! Não tratar os sonhos como impossíveis, e sim como possibilidades. Essa foi a maior lição que recebi de álvaro de campos. Todos nós já sabemos dela quando nascemos, assim como os animais sabem como proceder. Nós sabemos dessa certeza, mas esquecemos com o tempo. Álvaro de campos me ajudou a não esquecer! Como uma máquina como um sonho concreto, com as poesias das engrenagens e do frenético e admirável tecnológico, assim ele fazia poesia. Aquilo é magia! Pura, selvagem, irrestrita, caótica e organizada. Isso é magia...

Demorei a acreditar que ele não havia existido de fato, e que na realidade era apenas o sonho de um poeta. Pra mim era inconcebível que não fosse verdade. Demorei a acreditar.

Graças a Deus não durou muito essa minha crença. Então usando minhas palavras escrevo a segunda lição que aprendi de álvaro de campos: "o perigo não é você morrer nos sonhos. O perigo são os sonhos morrerem em você." Muito obrigado álvaro de campos. Humildemente venço mais esse medo (o de ousar): te saudar! "EVOHÉ!"