quinta-feira, 6 de março de 2008

da síndrome de "hello, benjamim..."

Como o próprio nome da síndrome deve ter entregado, recentemente assisti "the graduate". A tradução para o português ficou em "a primeira noite de um homem". O filme é de 67 dirigido por mike nichols, o único ator que reconheci foi dustin hoffman em início de carreira. Mas soube depois que as duas atrizes que personificam o triângulo amoroso com ele são anne bancroft e katharine ross (creio que mrs. robinson e elaine robinson respectivamente).

Nele um jovem recém-formado (benjamim braddock - dustin hoffman), se vê as voltas com todas as incertezas de alguém que não sabe que passos dar pra seguir a sua vida sem se escravizar pelo modelo que os pais impõe a ele. Para completar, a esposa de um amigo de seu pai, mrs. robinson, tenta seduzi-lo.

É uma comédia romântica que fala muito sobre juventude e conseqüências de ações. Um boa pergunta que define o filme é: "até quando é tarde demais para seus sonhos?"

Devo agradecer o filme ao prazer e gosto que minha irmã tem pelos clássicos (easy rider, clockwork orange e etc).

A trilha sonora de simon e garfunkel marcou tanto em 67 quanto na tarde de ante-ontem em 2008. Sounds of silence.



Falei sobre um pergunta que definiria o filme, mas existem outras. Somos escravos de nossos erros e escolhas? Não há redenção? Só nos resta desistir?

Sempre pensei na vida como cheia de momentos decisivos, que representam uma ida sem volta. Faculdade, emprego, casamento. Sempre acreditei que esses momentos são como cadeias, prisões que iriam dizer como deveríamos viver nossas vidas pelo resto dos dias que nossas vidas tivessem. Em 2004 mudei.

Somos tão escravos desses momentos quanto desejamos ser. Ainda tenho medo em relação a alguns deles, tenho inseguranças quanto ao meu futuro (principalmente no aspecto profissional). Mas (acho que) entendi que esses momentos são decididos a cada dia. Você se casa a cada dia com a mesma mulher por toda a sua vida, você escolhe todo o dia o seu trabalho e aquilo que vai te fazer feliz e não meramente te sustentar, você decide a cada dia que tipo de faculdade vai querer fazer ou que tipo de pessoa a faculdade vai fazer de você.

A teoria - acreditem eu sei - é linda, a prática é diferente... será? Cabe somente a você decidir que não é tarde demais pra você. Isso representa que você cresceu (não que esse seja inteiramente o meu caso): A capacidade de ser responsável pelas suas decisões, todos os dias. Parece auto-ajuda? Eu sei que sim. Mas acreditem isso é apenas um pedido. "Assuma as conseqüências das suas decisões!", todos precisamos levar uma dessas de vez e quando, ajuda a ficar fortinho.


ps.: Depois de quatro cursos diferentes (nenhum concluído) quem sabe em breve eu saio de vez da faculdade! Só espero que saia formado e não jubilado.

pss.: SE eu voltar a ter aulas...




Um comentário:

Lady Sarajevo disse...

A vida é uma ida sem volta, como diria Milan Kundera, é só essa mesmo, chance única. Enfim...

(o título da síndrome ficou ótimo!)
:)