"No que concerne, sou relativamente honesto e, contudo, de tais coisas poderia acusar-me, que melhor seria que minha mãe não me tivesse dado à luz. Sou muito orgulhoso, vingativo, ambicioso, com mais pecados na cabeça do que pensamentos para concebê-los, imaginação para dar-lhes forma ou tempo para executá-los. Por que hão de existir pessoas como eu arrastando-se entre o céu e a terra? Todos nós somos consumados canalhas; não acredites em nenhum de nós. Segue teu caminho para o convento. Onde está teu pai?"
life in technicolor cemeteries of london lost! 42 lovers in japan/reign of love yes viva la vida violet hill strawberry swing death and all his friends lost! (versão acústica) - faixa bônus lovers in japan (versão acústica) - faixa bônus
Viva la vida or death and all his friends. O chris martin disse que esse nome é inspirado numa exposição que ele viu da obra de frida kahlo, mulher, mexicana, artista, comunista, lésbica, com uma saúde frágil. Morreu no dia 13 de julho de 1954, ainda hoje se fala da possibilidade de suicídio. Na casa onde ela viveu, conhecida como "casa azul" um museu com um exposição perene das suas obras foi instituído dois anos depois de sua morte. Seus quadros que retratavam a cultura e a vida do méxico já estiveram em grandes galerias ao redor do mundo. Uma vez quando retrataram a obra dela como surrealista, ela disse que não pintava sonhos e sim a realidade que via a cada dia. Foi lá naquela casa que o líder do coldplay viu a frase de kahlo que tanto lhe inspirou.
moisés e o núcleo solar - frida kahlo - 1945
Pra entender a expectativa sobre o albúm basta ver que desde o dia 29 de maio desse ano esteve disponível no site oficial da banda o download da música "violet hill" que até o dia 12 desse mês (anteontem), dia do lançamento oficial do albúm, foi baixada por mais de 600 mil pessoas ao redor do mundo. Há um vídeo que o próprio coldplay lançou desse single que mostra vários líderes políticos e militares dançando e regendo a música e as suas guerras. Alguém me disse uma frase que acho apropriada, não lembro da pessoa mas lembro da frase: "a diferença entre fogos de artífico e bombas são apenas as cores"
Enfim, eu baixei o cd, e há três dias que eu apenas escuto coldplay! Sempre que falo de música aqui é sempre o rock inglês, é meu vício em músicas, não gosto de todos os "rocks da rainha" mas estão entre meus preferidos e esse albúm é mais do que motivo que justifique meu gosto. Desde a capa que é o quadro "a liberdade guiando o povo" de eugène delacroix (1830) até a citação da obra de frida que eu já falei aqui, a estética pra mim foi sublime. A tracklist segue ainda a linha do coldplay, músicas melancólicas e introspectivas, mas com uma renovação, como por exemplo uma leve sonoridade folk em "cemeteries of london" e "yes" e faixas que se destacam por entusiasmar com um ritmo ousado e uma letra poética à perfeição - "viva la vida".
Pra mim a forma é muito importante, quase tanto quanto o conteúdo por isso minha opinião foi tão positiva em relação a esse albúm. A referência a frida, a escolha da pintura de delacroix, que por coincidência ou não foi um dos auto-retratos dele (é o cara de cartola e mosquete a esquerda da nossa perspectiva), esse quadro foi uma tentativa de eximir a culpa política de delacroix por não ter participado da efervescência que engolfou a frança, o vídeo de "violet hill" que a banda lançou depois. Como eu já disse aqui, vícios não tem razões, só sintomas.
Faz uns meses que comentei sobre o novo rock inglês e cá estou de volta. Mas fratellis tem um som muito específico - e não só por ser escocesa, muito diferente. São 4h11m da manhã e eu deveria estar "quase" acordando, ou pelo menos ajudando a montar a formatação pra uma monografia que devemos entregar dentro de 3h, mas se estou operacional o suficiente pra escrever, para o mal e para o bem, devo isso a for the girl do fratellis. Assim que você ouvir a primeira música você vai compreender o que quero dizer.
A primeira apresentação foi num bar (o'henry) em glasgow em 4 de março de 2005. O som é indie rock, acho que no caso de fratellis posso dizer que um rock "pra cima". Foram considerados como uma das bandas mais promissoras da grã-bretanha em 2005 e em 2006 lançaram o primeiro disco (the fratellis ep), uma boa forma de medir a repercussão do disco é saber que, à época do lançamento, pra comprar um, você teria que estar disposto pegar um usado (a tiragem foi muito baixa) e gastar em torno de R$ 120,00 no ebay.
Se você curte indie, ou se não, fratellis pode fazer você mudar de opinião, reclamam muito que o som é "bolo de caixa", com receita pronta e que parece música de "auto-ajuda". Não é bem assim, algumas letras são mais despretensiosas e com certeza o som é feito de um jeito bem leve, mas ainda assim forte (leve e forte... alumínio então né?). Mas os solos são incríveis e a leveza da música é o que te permite entender a música e a tal força do estilo deles. Foi como eu defini antes, pra mim, fratellis é muito divertido. Perfeito pra madrugadas de terças-feiras. No entanto tem efeitos colaterais:
Se eu fosse fazer uma lista de coisas estúpidas que são divertidíssimas, isso ia entre os 5 primeiros. Bom espero que não precisem de mim no trabalho por hora, vou pular na rua.
playlist:
baby fratelli, for the girl, chelsea dagger (a música do vídeo), henrietta, whistle for the choir.
Recentemente eu redescobri uma banda. Muse. Eles são da década de 90 então eu já havia escutado alguma coisa deles principalmente muscle museum do terceiro albúm deles (hullabaloo, 2002). Os redescobri graças ao guitar hero, se você gosta de jogos e música, isso é "leitura" obrigatória, quem já tocou knights of cydonia sabe perfeitamente a sensação.
Eles tem um som alternativo que parece uma mistura louca de radiohead com alguma outra coisa a mais. Muse é de teignmouth, inglaterra, eles se formaram em 1994 na escola e já em 1999 seu primeiro cd showbizz já havia saído. No vocal e piano tem metthew bellamy, no baixo, cristopher wolstenholme e na bateria dominic howard. Bellamy disse que as suas fontes são queen e rage against the machine (??!!). Se você tem alguma dúvida da opinião deles, procure por queen em invincible e pelo rage em time is running oute um pouco dos dois emstarlight. A discografia da banda conta com cinco capítulos; showbizz (1999), origin of symetry (2001), hullabaloo (2004), absolution (2006) e black holes and revelations (2006). No site oficial da banda é possível ouvir completas as músicas de cada cd, tem uma seção de fotos de vários shows. Enfim, tudo que você precisa pra, como eu, escrever no seu blog sem mal saber sobre quem de fato é a banda. O grande diferencial é aquilo que você não consegue no site.
Muse não pra todos os gostos, nem mesmo pra gostos refinados ou tolos, nobres ou mesquinhos, não há classificação ou rótulos, a música simplesmente vibra por você, é como se cada palavra fosse advinhada e cada melodia fosse profeticamente prevista. Loucura? De forma nenhuma. Uma síndrome. Você se sente tão uno com a música que faz parte dela e é composto em cada acorde. Você já viu isso antes? Com outras coisas talvez? Alguém se tornar uno com... casas, títulos, conquistas, honrarias? Acho que não sou o único e muito menos o pior. Mas não me justifico, aconselho; Siga-me.
Invencible - black holes & revelations
Time is running out - absolution
Knights of cydonia - black holes & revelations
Starlight - black holes & revelations
Hysteria - absolution
Muscle museum - hullabaloo
Supermassive black hole - black holes & revelations