sábado, 14 de junho de 2008

da síndrome "dos sons e imagens"





life in technicolor
cemeteries of london
lost!
42
lovers in japan/reign of love
yes
viva la vida
violet hill
strawberry swing
death and all his friends
lost! (versão acústica) - faixa bônus
lovers in japan (versão acústica) - faixa bônus

Atualizado com o download do cd, senha: "dasindrome"



Viva la vida or death and all his friends. O chris martin disse que esse nome é inspirado numa exposição que ele viu da obra de frida kahlo, mulher, mexicana, artista, comunista, lésbica, com uma saúde frágil. Morreu no dia 13 de julho de 1954, ainda hoje se fala da possibilidade de suicídio. Na casa onde ela viveu, conhecida como "casa azul" um museu com um exposição perene das suas obras foi instituído dois anos depois de sua morte. Seus quadros que retratavam a cultura e a vida do méxico já estiveram em grandes galerias ao redor do mundo. Uma vez quando retrataram a obra dela como surrealista, ela disse que não pintava sonhos e sim a realidade que via a cada dia. Foi lá naquela casa que o líder do coldplay viu a frase de kahlo que tanto lhe inspirou.



moisés e o núcleo solar - frida kahlo - 1945



Pra entender a expectativa sobre o albúm basta ver que desde o dia 29 de maio desse ano esteve disponível no site oficial da banda o download da música "violet hill" que até o dia 12 desse mês (anteontem), dia do lançamento oficial do albúm, foi baixada por mais de 600 mil pessoas ao redor do mundo. Há um vídeo que o próprio coldplay lançou desse single que mostra vários líderes políticos e militares dançando e regendo a música e as suas guerras. Alguém me disse uma frase que acho apropriada, não lembro da pessoa mas lembro da frase: "a diferença entre fogos de artífico e bombas são apenas as cores"




Enfim, eu baixei o cd, e há três dias que eu apenas escuto coldplay! Sempre que falo de música aqui é sempre o rock inglês, é meu vício em músicas, não gosto de todos os "rocks da rainha" mas estão entre meus preferidos e esse albúm é mais do que motivo que justifique meu gosto. Desde a capa que é o quadro "a liberdade guiando o povo" de eugène delacroix (1830) até a citação da obra de frida que eu já falei aqui, a estética pra mim foi sublime. A tracklist segue ainda a linha do coldplay, músicas melancólicas e introspectivas, mas com uma renovação, como por exemplo uma leve sonoridade folk em "cemeteries of london" e "yes" e faixas que se destacam por entusiasmar com um ritmo ousado e uma letra poética à perfeição - "viva la vida".

Pra mim a forma é muito importante, quase tanto quanto o conteúdo por isso minha opinião foi tão positiva em relação a esse albúm. A referência a frida, a escolha da pintura de delacroix, que por coincidência ou não foi um dos auto-retratos dele (é o cara de cartola e mosquete a esquerda da nossa perspectiva), esse quadro foi uma tentativa de eximir a culpa política de delacroix por não ter participado da efervescência que engolfou a frança, o vídeo de "violet hill" que a banda lançou depois. Como eu já disse aqui, vícios não tem razões, só sintomas.




viva la vida o la muerte y todos sus amigos










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