segunda-feira, 16 de junho de 2008

da síndrome da "replicabilidade simbólica"








Eu já encontrei isso em vários blogs (vou indicar só um: "treta", vai lá) quase do mesmo jeito que vocês vão encontrar aqui. Mas aqui vai, afinal, como defensor dessa prática não posso me escusar de tomar partido.



Copyleft é uma forma de usar a legislação de proteção dos direitos autorais com o objetivo de retirar barreiras à utilização, difusão e modificação de uma obra criativa devido à aplicação clássica das normas de propriedade intelectual, sendo assim diferente do domínio público que não apresenta tais restrições. "Copyleft" é um trocadilho com o termo "copyright" que, traduzido literalmente, significa "direitos de copia". O texto em cinza

Pra mim é um pouco mais que isso, aprendemos que leis não podem ser ditas justas ou injustas para sempre livres das barreiras do tempo e da realidade. É justo limitar a todos pelo "suposto" direito de um? Respeito a autoria é diferente de abuso de autoria.

Richard Stallman popularizou o termo copyleft ao associá-lo em 1988 à licença GPL. De acordo com Stallman, o termo foi-lhe sugerido pelo artista e programador Don Hopkins, que incluiu a expressão "Copyleft - all rights reversed." numa carta que lhe enviou. A frase é um trocadilho com expressão "Copyright - all rights reserved." usada para afirmar os direitos de autor.

Umas das coisas que mais gosto na filosofia copyleft é essa força de se manifestar com inteligência, bom humor e firmeza, que são presentes em trabalhos e em cartas. Tem de ser em todos os meios, ou não vale a pena.

Um projeto (softwares ou outros trabalhos livres) sob a licença Copyleft requer que suas modificações, ou extensões do mesmo, sejam livres, passando adiante a liberdade de copiá-lo e modificá-lo novamente.

Pode parecer frase de sam raimi (homem aranha e os desastres subseqüentes), mas liberdade é indissociável do respeito.

Uma das razões mais fortes para os autores e criadores aplicarem copyleft aos seus trabalhos é porque desse modo esperam criar as condições mais favoráveis para que um alargado número de pessoas se sinta livre para contribuir com melhoramentos e alterações a essa obra, num processo continuado.

Ou seja, é porque eu não quero que você ligue na minha casa pra me perguntar se você pode me citar em qualquer coisa que você escreva. Mas não é só isso, como eu disse copyleft é também protesto. Nada contra o coldplay por exemplo, mas gerar um lucro que é superior a qualquer margem aceitável sob o pretexto de que não se faz pirataria é um absurdo. Falo disso por ter disponibilizado o que coloquei de download aqui.

Claro que você pode achar que eu sou um criminoso, seu direito, em respeito a ele eu vou delatar alguns dos meus cúmplices cúmplices: Samsung, sony, lg, google, é melhor eu parar por aqui, ou esse post vai ficar maior do que eu queria. Eu não seria nada sem eles.



Não vou propor soluções e fingir que descobri a roda. Mas simplificar e facilitar essa situação é possível, créditos do treta:






(*) Texto em cinza é da Wikipédia. Duvida? Olha aqui e aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

Legal o vídeo, bem explicativo. O que sempre me atormentou, com relação ao direito autoral, foram os livros. A biblioteca do NAEA da UFPA não permite a cópia dos livros, mas são livros que só são encontrados lá, alguns já estão esgotados e não é possível comprá-los, ou seja, o jeito é ir à biblioteca, rezar pra que ninguém tenha pego o livro na sua frente e se sentar numa das cadeiras duras de lá.
Outra coisa é a música, já pensou pagar direito autoral por que tocou xxx num evento, ainda mais no nosso caso que são músicas japonesas..