domingo, 1 de junho de 2008

da síndrome dos "replicantes"

Há um bom tempo que estou tentando arranjar tempo pra escrever. Sabe, dá aquela preguiça. Queria falar sobre blade runner que re-assitir na versão do diretor, uma em que o deckard (harisson ford) não fica naquela narração no fundo, não achei que ficou bom.

O termo pra definir a atmosfera é cyberpunk, sou muito fã dessa temática, e em blade runner o ridley scott sintoniza o clima em parte noir e em parte futurista, fica perfeito. Tanto foi minha re-fixação com a obra, tinha uns 16 anos quando conheci a temática, que fui baixar o livro do philip dick, vou lendo aos poucos, num passo muito menor que gostaria. Se você quiser ler junto comigo, vai aqui, agora sem senha pelo rapidshare.

Pra quem não conhece a história é só ir na wikipédia, na versão em inglês é mais completo, afinal hoje em dia quase toda a informação é teórica, você se torna um especialista em minutos, mas se você tiver com preguiça ou curioso, vou te contar a minha visão, essa você não acha na wiki.

Numa cidade escura e lúgubre em que a tecnologia floresce e o ser humano se dissolve numa multidão de conceitos - a própria definição do tal cyberpunk - um ex-policial, deckard, volta a ativa, ele fazia parte da divisão especial chamada blade runner que caçava e matava ou na linguagem oficial, afastava seres chamados replicantes, até ai nada demais. Mas os replicantes eram uma mão-de-obra orgânica utilizada por seres humanos nas colônias de fora da terra (sim, o planeta. Não, eu não coloco nomes próprios com maiúsculas), ou seja, eram humanos que faziam o que humanos não faziam.

Deckard é "persuadido" a voltar, para caçar alguns replicantes que conseguiram voltar a terra em busca da redenção de seu limite. Todos os replicantes não deveriam ter emoções, mas alguns as desenvolveram e isso acabou gerando problemas, por isso eles foram banidos do planeta e receberam uma limitação, uma vida de 4 anos. Os fugitivos buscavam superar essa limitação. O blade runner designado para cuidar do caso, ficou entre a vida e a morte quando se deparou com um deles, então você liga os pontos.

Todo o filme tem uma linha em que a história segue, a linha pra mim é essa. Sim, tem as implicações morais, bem como a transformação dos replicantes em animais e depois um questionamento que usa a forma e as ironias para nos fazer ver os choques no assunto, mas tudo isso não tem como ser falado, essa é a graça da obra! Vá e veja, aqui por exemplo.

E olha que engraçado, lá na wikipédia você lê sobre o filme, aqui mesmo você pega o livro, e você ainda pode baixar e assistir o filme no tela quente, e não que é que tudo é teórico mesmo? Bom, acho que só nossas opiniões não são teóricas nisso tudo. Lembrei do roy (vai lá assistir o filme pra saber quem é) que disse:

"Eu vi coisas em que as pessoas não iriam acreditar. Naves de batalha queimando no cinturão de orion. Eu vi raios C brilhando na escuridão, perto do portão de tannhauser. Todos esses momentos serão perdidos no tempo, como lágrimas na chuva".

Tudo que é pessoal e secreto, se dissolve nas águas do teórico e público ou "não chore na chuva", sei lá, pode ter sido isso.


4 comentários:

Interferência disse...

Eu tentei baixar, mas aparece uma msg dizendo que o conteúdo é ilegal :S

Como assim, computador?

thiago hakai-so disse...

Valeu pelo aviso. Vou tentar ajeitar...

thiago hakai-so disse...

Problema resolvido. O link foi mudado e já está atualizado na postagem.

Pelo rapidshare:
http://rapidshare.com/files/120114955/_www.dasindrome.blogspot.com__-_p._dick_-_do_the_androids_dream_of_eletronic_sheep.ZIP.html

Franco disse...

Pirataria é crime!!