Ragnarök. Obviamente todos sabemos que vem da mitologia nórdica. É o "Destino Final dos Deuses". Na realidade parece uma reunião de velhos amigos de um lado Loki e sua prole homicida, e os gigantes (pessoas com um certo problema de auto-estima), do outro Odin, os Enhejar (uma galera pra quem a adolescência nunca acabou e ficar se dilacerando é super divertido). Mas inegavelmente o ragnarök é o fim.
Quando eu discutia qual seria o assunto do meu primeiro post tenho que admitir que me veio a cabeça falar sobre uma certa dificuldade de escrita que eu tenho. Não cometo tantos erros assim quando manuscrevo, mas quando digito... Minha atenção não fica centrada no teclado, vou escrevendo a medida que as palavras surgem na minha mente e definitivamente não consigo escrever bem. Pensei em falar sobre isso, afinal, eu ja "criei" o Blog há muito tempo (um ano), ja montei o endereço e escolhi o modelo, mas nunca escrevi nada por causa desta dificuldade (Teria que ser algo do tipo "Thereza! Ajeita aqui o que escrevi!" e isso é um saco!). Então cheguei a "brilhante" conclusão de que o que me impedida de escrever, era o medo de errar, tenho medo de ser julgado e de ser reprovado. Em todos esses meses em que levei pra de fato postar aqui não melhorei nada na minha dislexia digital. O que mudou foi que entendi o problema.
Pode parecer pieguiçe, mas isso faz muita diferença. A compreensão do fenômeno. E foi pensando nisso e em algo que minha irmã me falou que resolvi falar sobre o fim. Sou cristão, sou Adventista do Sétimo Dia, e pra mim o conceito de fim é o mesmo que o conceito de inicio, por isso escolhi o ragnarök.
Então meus caros leitores, sejam bem vindos ao meu último post! Não que não pretenda postar mais aqui. Agora que entendi que era o medo que me mantinha longe da escrita simplesmente não posso me permitir não escrever, não é isso. Mas de todos os posts, esse será o final. Como no ragnarök. Tive que matar meus heróis e meus vilões pra vencer meu medo de ser julgado e, não por mera coincidência, meus hérois e vilões, meus acertos e erros são sim aparentados, irmanados e afilhados, e me sinto como me encontrando com velhos amigos nesse momento de exorcizá-los. Bom é isso, foi bom ter estado com vocês durante todo esse tempo, diferentemente do que acham, é importante ter medo. Como no ragnarök, eu também tenho meus Lif e Lifthrasir, eles vão repovoar este blog com meus textos (engraçada a semelhança, a nossa lingua não deixa ver, mas em Adão e Eva, temos o mesmo conceito, os nomes na lingua original são Ish e Isha, o nome dela é feito a partir do nome dele). Agora, se minha memória não me falha, e realmente um novo mundo nasce em minha mente... bom, devo sentir uma dor de cabeça abissal a qualquer momento!
Walter benjamim uma vez disse que é no momento da morte que entendemos a vida, pois pode-se ver o fenômeno como um todo, ter uma segunda chance, ter um renascer é uma oportunidade de ouro. Talvez eu devêsse estar mais grato por ser capaz de escrever com medo, mas sem deixar ser controlado por ele. Acho que vou lidar melhor com minha dor de cabeça.
Quando eu discutia qual seria o assunto do meu primeiro post tenho que admitir que me veio a cabeça falar sobre uma certa dificuldade de escrita que eu tenho. Não cometo tantos erros assim quando manuscrevo, mas quando digito... Minha atenção não fica centrada no teclado, vou escrevendo a medida que as palavras surgem na minha mente e definitivamente não consigo escrever bem. Pensei em falar sobre isso, afinal, eu ja "criei" o Blog há muito tempo (um ano), ja montei o endereço e escolhi o modelo, mas nunca escrevi nada por causa desta dificuldade (Teria que ser algo do tipo "Thereza! Ajeita aqui o que escrevi!" e isso é um saco!). Então cheguei a "brilhante" conclusão de que o que me impedida de escrever, era o medo de errar, tenho medo de ser julgado e de ser reprovado. Em todos esses meses em que levei pra de fato postar aqui não melhorei nada na minha dislexia digital. O que mudou foi que entendi o problema.
Pode parecer pieguiçe, mas isso faz muita diferença. A compreensão do fenômeno. E foi pensando nisso e em algo que minha irmã me falou que resolvi falar sobre o fim. Sou cristão, sou Adventista do Sétimo Dia, e pra mim o conceito de fim é o mesmo que o conceito de inicio, por isso escolhi o ragnarök.
Então meus caros leitores, sejam bem vindos ao meu último post! Não que não pretenda postar mais aqui. Agora que entendi que era o medo que me mantinha longe da escrita simplesmente não posso me permitir não escrever, não é isso. Mas de todos os posts, esse será o final. Como no ragnarök. Tive que matar meus heróis e meus vilões pra vencer meu medo de ser julgado e, não por mera coincidência, meus hérois e vilões, meus acertos e erros são sim aparentados, irmanados e afilhados, e me sinto como me encontrando com velhos amigos nesse momento de exorcizá-los. Bom é isso, foi bom ter estado com vocês durante todo esse tempo, diferentemente do que acham, é importante ter medo. Como no ragnarök, eu também tenho meus Lif e Lifthrasir, eles vão repovoar este blog com meus textos (engraçada a semelhança, a nossa lingua não deixa ver, mas em Adão e Eva, temos o mesmo conceito, os nomes na lingua original são Ish e Isha, o nome dela é feito a partir do nome dele). Agora, se minha memória não me falha, e realmente um novo mundo nasce em minha mente... bom, devo sentir uma dor de cabeça abissal a qualquer momento!
Walter benjamim uma vez disse que é no momento da morte que entendemos a vida, pois pode-se ver o fenômeno como um todo, ter uma segunda chance, ter um renascer é uma oportunidade de ouro. Talvez eu devêsse estar mais grato por ser capaz de escrever com medo, mas sem deixar ser controlado por ele. Acho que vou lidar melhor com minha dor de cabeça.
Um comentário:
Finalmente!
Venceste o medo!
E se for por esse caminho, quem sabe tu não venças também a 'dislexia digital'
:)
:*
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