Um juramento antigo que deve ser cumprido sob todas as circunstâncias. Um inimigo que superou a barreira da morte cujo poder ameaça toda a estabilidade de um mundo. A própria base elementar do universo ameaçada de corrupção e inexistência. Esse é o enredo de order of the stick de richard burlew.
Os trabalhos de burlew giram em torno da esfera do rpg. Seu nome pode ser visto nos créditos e idéias de aventuras prontas e de alguns suplementos de d20 (o sistema de rpg da wizards of coast).
A sua obra-prima (order of the stick) é uma revista eletrônica. É atualizada de duas a três vezes por semana em dias aleatórios (mas o domingo é um ótimo dia pra ir lá conferir). Atualmente a história está na tirinha número 535.
Brinca com os arquétipos de personagens e trabalha questões profundas dentro da simplicidade do traço que despojado de grandes elucubrações visuais, permite ao leitor "aprimorar" de acordo com a criatividade a imagem diante de seus olhos.
Mas o grande diferencial na minha opinião, é o que a obra faz pelo rpg!
"O corredor de pedras antigas se materializa diante de você a medida que a luminosidade da tocha avança através do coração de trevas daquele labirinto/túmulo. O calor da tocha na sua mão é reconfortante, assim como a luz ao redor de você. Mas também lhe aprisiona a mente e o espírito. É como se tudo o que rasteja pela escuridão estivesse bem ali, do outro lado da luz". Vocês imaginaram a cena? Qual era a cor das pedras? E o tamanho? As paredes eram lisas? Havia teia de aranha no chão? A tocha era nova ou velha? Todos esses detalhes e muitos outros mais ficam a cargo de quem escuta e "vê" a cena. Isso é rpg. Essa é a graça, não é qualquer história, é a que você imagina e idealiza. Dependendo de você, pode ser a história perfeita!
O que o rpg faz pela imaginação, richard burlew e order of the stick também fazem! Você completa os detalhes. No rpg você pode falar sobre exclusão e exploração, vida e morte, sobre a realidade e a fantasia. Não pensem que por andarmos as voltas com dragões e pegasus nós (rpgistas) vivemos num conto de fadas distante da realidade. Olhá-la sobre o papel do outro talvez seja a melhor forma de compreendê-la (nem que seja a realidade do outro). Tudo depende de com que cores você pinta seu faz-de-conta - melhor dizendo, realidade... ou seria fantasia?
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