sexta-feira, 14 de março de 2008

da síndrome do "go"



Recentemente adquiri mais um vício. Creio que a influência oriental ajudou bastante. Go é um tipo de xadrez praticado nos países asiáticos. Ao que parece lá a coisa é levada bem a sério. O mangá "hikaru no go" e um conto chamado "o macaco de pedra" chamaram a minha atenção nos últimos dias, ambos falam de go (sob certas alegorias).






"Colocar as pedras é como criar mundos, o tabuleiro é como se fosse o universo"

"No wei-chi quanto maior o equilíbrio entre os dois jogadores, mas interessante o jogo se torna"





Acho que só quero aprender o go por causa das alegorias que representa. É interessante ver que meu fraco ainda continua sendo paródias da existência. Falta saber se eu me sento e vejo a vida refletida num lago ou num espelho.

O lago distorce a imagem que reflete, e o faz muito mais com a imagem de quem observa. Quando se vê a vida através dele, você vê o que suas percepções permitem, você vê o que você quer ver. Mas você nunca tem a realidade estática e amorfa. Ela se molda e se mescla com a existência que há sob o lago, e seu mundo escondido povoa o reflexo.

Já no espelho a imagem é mais precisa, é exata. A visão é clara e nítida. Mas desnecessária, posto que nada te apresenta de importante ver a vida como o reflexo morto que o espelho oferece.

Um sábio uma vez disse que a resposta desse enigma é ter diante de si um lago plácido. É uma boa resposta, e um bom desafio.

Pra você essas síndromes não são alegorias de algo também? Sim ou não, assim que for aprendendo o go explico aqui, e quanto a minha pergunta final despropositada: "No wei-chi... os dois jogadores, diante do vazio, avaliam os pontos que acreditam vantajosos. Pouco a pouco as áreas esquecidas desaparecem"

Boas alegorias pra vocês!


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