quarta-feira, 12 de março de 2008

da síndrome de "há muitas horas..."

"As palavras são chaves de segredos. Primeiro da fala através da escrita e depois dos sonhos através da realidade"



Conta a lenda que em um reino distante e longínquo, houve uma aliança que trouxe unificação e paz, até certa medida. O soberano dividiu seu reino entre as autoridades de seus nobres. Todos deveriam, por fidelidade e por bom senso, colaborar uns com os outros pois era a mesma bandeira que se desfraldava por sobre cada castelo.

Um certo capitão de guerra de nome ignorado recebeu a incumbência de cruzar campinas e pradarias para alcançar o litoral daquele reino. A determinação foi que o capitão levasse suas tropas pelas terras de um certo duque.

Contudo no decorrer da marcha, o caminho traçado se provou nefasto. A ausência de chuvas e caças boas ameaçava com a fome aqueles soldados. O capitão, talvez seguindo o preceito de sun tzu de que em campo o general é soberano (possivelmente essa referência oriental não faz parte da lenda), requereu humildemente ao duque cuja terra atravessava que lhe fosse permitido desviar o caminho ao leste, para mais próximo dos bosques e assim mais próximo de caças e riachos.

O duque não apenas se negou a permitir tal deslocamento, como ainda ameaçou com a acusação de traição o capitão se assim procedesse, este tinha diante de si a ingrata escolha de decidir entre a obediência a uma ordem legítima, porém impraticável ou aventurar-se a incorrer no desagrado da realeza mas seguir o caminho mais estratégico.

A lenda ainda não terminou, ela aconteceu há muito tempo (horas) atrás, e o capitão ainda não sabe o que decidir.




Conclui sábado (15-3-2008)

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